A capa do seu álbum remete à obra antropofágica Abaporu de Tarsila do Amaral. Segundo ele, o Abaporu tem influência do modernismo, através do processo criativo de se inspirar em referências de outras culturas e criar algo novo.

   Em entrevista com a Deutsche Welle Brasil, Gui Boratto disse sobre o assunto: "Eu, assim como qualquer arquiteto brasileiro, estudei muito o movimento modernista. Não só a pintura de Tarsila [do Amaral] ou Anita Malfatti, mas também a literatura de Monteiro Lobato e Augusto dos Anjos ou ainda a música de Heitor Villalobos" Ele disse também que não são só influências exclusivamente europeias que o movem, mas também coisas que o artista vivenciou nos últimos anos, as sensações vividas por ele.

   Segundo Gui, este foi, de todos os seus quarto álbuns, o que mais demorou para ficar pronto, sendo o seu primeiro álbum em três anos.

    Em seu primeiro álbum em três anos, um dos mais reconhecidos artistas da música eletrônica brasileira volta com um disco que é uma jornada colorida de ritmos, orquestrações e melodias entre o house e o techno.

    As 13 faixas presentes no álbum Abaporu estão entre as melhores já produzidas por ele em toda a sua carreira, onde ele mantém a sua marca musical registrada mas expande sua sonoridade, mostrando novas e diferentes influências musicais que tem sofrido.

    "Minha conexão com as pessoas é a música, a harmonia e a melodia, muito mais que um resultado técnico avançado, industrial e muitas vezes chato. Tenho necessidade de compor, de fazer as pessoas felizes ou tristes. A música tem esse poder. Você muda seu estado de espírito sem motivo concreto, apenas pelo fato de escutar uma música", disse Gui Boratto ao Deutsche Welle Brasil

    "Abaporu é meu álbum mais completo. Não só nas questões técnicas, mas na forma musical ali explorada. Acho também que é meu álbum mais feliz", conclui o produtor.