Chapo DJs

Entrevista com o DJ Chapo - Rafael Gasparini

janeiro 23, 2015portalundergroundbrasil@gmail.com

   Rafael Gasparini, também conhecido por Chapo, é um DJ de House do Sul do Brasil.
   O Portal Underground esteve presente na Soma Sunset, onde Chapo tocou na companhia de Jheff e vimos todo o potencial que a dupla tem ao fazer um warm up de primeiríssima qualidade. Agora que nós já conhecemos essa dupla e sabemos da qualidade musical da qual eles são capazes, resolvemos trazer um pouco mais sobre eles para todos conhecerem.
   Leia a entrevista dada por Chapo e, ao final, escute o set de Jheff e Chapo na Soma Sunset:


Nome/Nome artístico
Rafael Gasparini/Chapo.

Trabalha como DJ há quanto tempo? 
Chapo: O início dos trabalhos como DJ foi em 2007, após fazer um curso com o amigo Rodrigo Moita.

Qual/Como foi o seu primeiro contato com a música eletrônica? 
Chapo: Para não dizer que foi desde a infância, na adolescência eu já ouvia muita coisa envolvendo a música eletrônica. Em 2004 frequentei a primeira festa relacionada ao gênero, na época, a badalada Fulltronic da antiga Spin.

Como nasceu o amor pela música? 
Chapo: Música é algo que acompanha a gente desde sempre. É difícil alguém não gostar de música, não interessa ela sendo boa ou não, mas a música mexe com qualquer pessoa. O amor pela música eletrônica propriamente dita surgiu mesmo em 2005, após algumas baladas. O gênero que mais me agradava era o Euro Trance (Progressive Trance). Ainda tenho um carinho enorme pelo Trance, mas meus ouvidos preferem algo um pouco mais calmo nos dias de hoje.

O que a música significa para você? 
Chapo: A música é um dos poderes da humanidade, pois ela é capaz de muita coisa: ela conecta pessoas, ela emociona, ela ensina, ela causa sentimentos. No meu dia a dia, a música significa o que realmente eu sou. Aquela frase de que somos o que ouvimos está em perfeita aceitação de minha parte. Minha personalidade é guiada através da música.

Qual é o seu estilo musical preferido? 
Chapo: Progressive House.

Qual é o estilo musical predominante nos seus sets? 
Chapo: Progressive House / Deep / Tech House

Por que a escolha destes estilos musicais? 
Chapo: Desde sempre, meu gosto musical se deu através das batidas e melodias progressivas. Sou um admirador e tenho preferência por bandas de Rock Progressivo. A melodia e a construção do gênero me encantam. Ali em cima já havia dito que começara minha trajetória no Progressive Trance, então, pela corrente natural, acabou que o Prog House fosse meu estilo preferido.

Para você, qual é a melhor música de todos os tempos?
Chapo: Pink Floyd – Shine on You Crazy Diamond

Qual é o seu DJ preferido? Por que? 
Chapo: Essa ficou fácil. O mestre Hernan Cattaneo. Sabe aquele DJ que não te dá margem pra pensar diferente de como será sua apresentação? Eu sempre tenho a certeza de que, quando ouvirei ele, será um momento mágico, reflexivo e de acordo com todas as minhas expectativas. Mas não basta ser apenas um DJ que toque músicas boas. Conheço vários que preenchem esse aspecto. Precisa fazer o que o mestre Cattaneo faz: conectar ele, a música, a pista e o sentimento das pessoas que lá estão. Não conheço outro que faça melhor isso tudo.

Qual (ou quem) é a sua maior inspiração? 
Chapo: A minha maior inspiração são meus amigos que acreditam no que eu faço e me dão suporte pra seguir tocando o que eu realmente acredito. Eu acho que temos que acreditar naquilo que gostamos, acreditar naquilo que nos faça bem. O carinho das pessoas, pra mim, será sempre uma inspiração.

Existe alguma música que você nunca deixa de tocar nos seus sets?
Chapo: Não há uma música que figure em todos os meus sets, mas há produtores que não podem faltar. Alguns nomes apenas: Sahar Z, Guy J, Soundexile, Nikko Z, Jonatan Ramonda, 16 Bit Lolitas, Marcelo Vasami, entre outros.

Em qual pista você gostaria de tocar que ainda não tocou? 
Chapo: Acredito que quem toque no Warung, realiza o seu sonho. É o meu também.

Qual foi o melhor momento da sua carreira? 
Chapo: Quando estamos em ascensão, o melhor momento é sempre o atual. Não gosto de olhar pra trás e escolher qual foi o melhor momento, apenas olhar pra frente e buscar sempre o melhor.

Qual foi o lugar (ou festa, em específico) que você mais gostou de tocar? Por que? 
Chapo: Foi no lugar que abriu as portas pra eu começar a tocar: Moinho Pub em Nova Prata/RS. Foram momentos mágicos que passei na época de 2007 em diante, onde tocava para um público fiel e apaixonado.

Com quem você gostaria de tocar junto? 
Chapo: Com o Marcelo Vasami, da Argentina. Não vejo outro artista no momento que toque um estilo tão parecido com o meu.

Qual é a sua visão sobre o crescimento da cena underground no Sul do Brasil? 
Chapo: O sul do Brasil está vivendo momentos de glória. Do Estado do Paraná pra baixo, não temos mais do que reclamar quando o assunto é evento de grande porte, festivais e clubs. No Rio Grande do Sul, as coisas melhoraram muito nesses últimos anos. Uma galera muito boa se mexendo e trazendo o público junto. O que me parece é que os produtores de festas decidiram pesquisar e tentar entender o que realmente o público quer nos seus eventos. Não adianta só baixar a cabeça, é necessário entender qual é a demanda imposta pelos jovens de hoje em dia.

Qual é a mensagem que você tenta passar para a pista na hora que está tocando? 
Chapo: A mensagem já tem que ser passada antes mesmo de entrar na pista. Tudo o que tu faz fora dela pode refletir no momento da apresentação. As pessoas vão pra lá para dançar e se divertir e tu precisa atendê-las através da música. Quero que as pessoas se sintam em outra atmosfera, que esqueçam – nem que seja por algumas horas – dos problemas cotidianos.

Como foi a experiência de tocar com o Jheff na festa SOMA?
Chapo: Não foi a primeira vez, mas foi a primeira oportunidade que tivemos de tocar para uma pista grande e antenada. Não poderia ter sido melhor, pois quando tocamos juntos gostamos de fazer um som próprio pra abrir a pista (warm up) e acredito que o resultado foi bastante positivo. Logo que deixamos o palco podemos sentir que a galera gostou bastante do que viu e ouviu. A ideia daqui pra frente é continuar tocando junto sempre que pudermos.


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