DJs Marcelo Nuñez

Em entrevista, Marcelo Nuñez fala sobre planos, vida e carreira

agosto 11, 2015portalundergroundbrasil@gmail.com


Entrevistamos Marcelo Nuñez, um ícone importante para a cena underground gaúcha. Conheça agora um pouco mais sobre a sua vida e a sua carreira:

Fale um pouco sobre como foi o início da sua carreira!

Considero o início da minha carreira em 1993, quando comecei a comprar discos importados em uma loja que virou referência no estado até mesmo no Brasil (a Caterpila em canoas). Era engraçado, íamos pra lá passar a tarde e ficar conversando sobre música. Foi ali que conheci o techno e suas vertentes. Nunca entendi porque comecei a tocar, a profissão na época era mal vista pela maioria, e não era nada da moda. Mas o fato de colecionar disco de novela quando criança e ter visto em 1986 um DJ chamado Mr Jackson num restaurante no autódromo de Tarumã me chamou a atenção. Então, por volta de 1991/92 comecei a tocar nas reuniões dançantes da minha rua. Era demais!!! Usávamos como equipamento dois aparelhos de som (3 em 1 chamados na época), então em 1993 me inseri definitivamente na e-music. Tive a oportunidade de sair pela primeira vez no Ocidente (Gaudêncio e Beto DJ eram residentes). Após isso veio o gueto (clube do Eduardo Herrera) e o aclamado Fim de Século, que foi o primeiro Clube de expressão que discotequei (pensa em nervoso!). Antes disso, demos o pontapé inicial no Garagem Hermética com o projeto Flash. Depois fui convidado a participar da Fusion (essa sim, divisora de águas no RS em relação à proposta musical) muuuito louco o lance. 

Qual é o estilo musical que você mais escuta por prazer? 
Disco/Anos 80/House/Rock.

E para compôr os seus sets, qual é o estilo musical que você prefere? Por que? 
House. Esse estilo é o alicerce de tudo.

Quais são os seus ídolos, suas inspirações?
No início da carreira acompanhei bastante o trabalho dos artistas de Detroit. Carl Craig, Stacey Pullen, Jeff Mills. E o nosso DJ nacional Mau Mau, que sem dúvida foi a melhor e mais concreta inspiração pra mim. 

Como você se sente ao ver o conceito que o Terraço levou à Save invadir as festas também na Pista Principal e fazendo o enorme sucesso que está fazendo?
Feliz demais em ter uma equipe ao meu lado que acredita tanto quanto eu que ao fazer um trabalho sério e a longo prazo, os resultados surgem. 

Do Fim de Século aos dias atuais, o que você está achando da evolução da nossa cena underground?
Começamos com uma cultura cluber até chegarmos na popularização da e-music no início dos anos 2000. A música amadureceu bastante desde lá, já a cultura foi perdida em alguns momentos. Hoje é evidente que estamos recuperando. Agora vai!


Da primeira Sunset do Terraço, que se tornou uma festa com personalidade própria até a última edição aonde tivemos o Warung Tour, o que você tem a dizer sobre essa ascensão e crescente de público? 
O trabalho, a equipe e a confiança dos proprietários é tudo. É um trabalho de formiguinha… hoje temos várias festas com música legal acontecendo simultaneamente no estado, isso é um diagnóstico evidente de que estamos retomando, principalmente, a nossa capital. Mas temos muita coisa pela frente ainda… muito trampo!!

A volta da Pulsar no Terraço indica que teremos mais novidades da Pulsar vindo aí?
Sim. Estamos fortalecendo a marca e direcionando para uma proposta musical mais profunda. 

Marcelo, você tem um projeto de produção e discotecagem com seu amigo de longa data Henrique Casanova, o 2nd Round. Quais são os planos para o duo Second Round, que vem tendo destaque nas mais conceituadas casas do Brasil e com produções de excelente qualidade?
2nd Round é um projeto que me deixa muito feliz. Estamos com vários projetos e coisas legais acontecendo. Em outubro temos o lançamento do nosso selo, o Upper, e nesse lançamento temos a participação do DJ Mau Mau com remix para a faixa Movement.


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