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Vinícius Ferreira, do duo Drunky Daniels, fala sobre os seus 11 anos de carreira
novembro 03, 2015portalundergroundbrasil@gmail.com
Confira entrevista que Vinícius Ferreira, integrando do duo Drunky Daniels, deu para o Portal Underground. Ele completou recentemente 11 anos de carreira na música eletrônica!
1- Qual foi o primeiro contato com a musica eletrônica?
Minha família é formada por músicos e compositores de vários gêneros, que já passaram do axé a clássicos gauchescos. Ouvi muita coisa desde muito cedo, mas foi minha irmã, Letícia, que é 7 anos mais velha que eu, e na época tinha uns 14 anos, que ouvia muito Ace Of Base e fitas K7 com as 10 melhores Dance/Pop dos anos 90. Virei fã mesmo, e desde que comecei usar internet por volta de 1998/99, eu devia ter uns 10 11 anos, já participava de FTPs, blogs e muito Mirc, trocando músicas e ouvindo radios online só de música eletrônica. Eu viajava muito, pois era tenista, jogava muito torneio pelo país todo, e sempre levava músicas ou pelo menos fazia playlists de Dance para meus amigos, isso foi aumentando e comecei a fazer o mesmo para colegas e amigas em festas de 15 anos. A partir disso comecei a ir em festas, pois era muito novo ainda, e a vontade de ser DJ foi inevitável.
2- Quando você viu que ali seguiria sua vida profissional?
Aprendi a tocar e produzir com meu grande amigo Mateus B, que não era meu amigo, somente estudava na mesma escola que eu, e como eu sabia que ele tocava em festas na cidade e era quase da minha idade, fui falar com ele pedir se ele me ensinaria a tocar, e ele topou. Aprendi a tocar muito rápido, treinava muito, Mateus tinha toca discos e CDJs - que mal existiam na época - e em 3 4 meses, quando ele veio morar em Curitiba eu assumi a residência, que era dele, em uma balada em Erechim, chamada V8. Depois disso comecei a ser convidado para tocar em outros clubs e festas na região, eu era muito novo e estava começando pegar balada, depois disso eu vi que era realmente isso que eu queria fazer.
3- Qual o momento mais marcante na sua carreira?
Já tive muitos momentos incríveis! Um muito importante, foi quando saí da casa dos meus pais e vim morar em Curitiba, por volta de 2007. Eu fazia faculdade de Administração e trabalha no Banrisul, larguei tudo e fui, pois sabia que era isso que eu queria. Em 6 meses entrei para o time da Aimec em Curitiba e logo na sequência me mudei para Porto Alegre, para da aula na Aimec POA, nova na época. Virar professor foi um momento muito marcante, pois senti a necessidade de estudar mais, aprender mais, fazer mais coisas, e umas das melhores partes que é conhecer pessoas. Isso me fez conhecer muita gente e impulsionou minha carreira, me dando credibilidade com a galera e muita motivação para minhas produções e trabalhos.
4- Apesar de ter girado o mundo tocando, qual foi a pista que mais se destacou
Melhor pista não tem como saber, mas tenho duas que posso citar, que foram bastante marcantes: Esse ano tivemos o prazer de tocar no Tomorrowland Brasil, na primeira edição aqui, foi de outro mundo, a estrutura e o tamanho do evento, registramos tudo em vídeo e foi muito animal! Outro momento foi em Berlim, no club Suicide Circus ano passado, foi nossa primeira gig como Drunky Daniels na Europa e foram incríveis 4 horas de set até de manhã, que eu jamais vou esquecer.
5- O que podemos esperar para o futuro?
Várias coisas novas vão rolar, e ainda não posso falar tudo, mas muitas músicas novas já engatilhadas com várias gravadoras, vamos lançar mais 2 discos nos próximos 6 meses, um agora em Janeiro pela Material Records, com 3 faixas, e outro para abril ou maio, e mais releases digitais. Temos tour fora do país marcada para ano que vem já, e várias datas em diversos lugares do Brasil no primeiro semestre de 2016. Vai ser um ano de bastante trabalho, coisa linda!
6- Nestes 11 anos qual a principal mudança que você vê na cena eletrônica?
A música eletrônica cresceu muito no país, na Aimec em Curitiba por exemplo, temos em média quase 200 alunos por semestre, existe mais concorrência e automaticamente mais gente boa se especializando e ficando muito boas nisso. Clubs, festas e artistas que se profissionalizaram realmente, estão com um mercado muito bom. Ano que vem artistas nacionais no meu ver, podem ter bastante espaço, devido a situação econômica por aqui, e também a qualidade de produtores brazucas que cada vez aumenta. A chegada de grandes festivais como Tomorrowland, EDC, Sónar, vai fomentar ainda mais isso por aqui, passando em canal aberto na TV ou online ainda. Tocamos na primeira edição do Tomorrowland e foi incrível, algo jamais visto por aqui, isso ajuda muito a cena e festas locais; e todos festivais terão no mínimo mais 3 ou 5 edições no Brasil, e certamente outros virão e surgirão novos, como a Colours no RS, que como festa já é confirmada, teve seu primeiro Colours Festival a pouco mais de 1 mês.
7- Como DJ e Produtor você serve de inspiração para muita gente. Qual dica que você daria para a rapaziada que esta começando?
Muita dedicação, treinar muito; desde quando eu jogava tênis, todos que se destacavam, treinavam muito e sempre fui muito dedicado nas coisas que eu gosto e me ocupam. Treino te dá segurança pra arriscar mais, testar mais coisas, e na música é assim, tem que ouvir muito, testar muito, mas tem que fazer, estudar, começar e terminar. Quando não estou viajando ou dando aula fico em média umas 8 horas ou mais produzindo, testando coisas, algumas coisas agora são mais fáceis de tanto repetir, mas sempre vão ter coisas novas para aprender, isso que é o mais intrigante e fascinante na música... Inclusive saiu agora a o Ableton 9.5 para teste, acabei de baixar!
Veja o aftermovie da apresentação do Drunky Daniels na Tomorrowland:
Veja o aftermovie da apresentação do Drunky Daniels na Tomorrowland:
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