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Confira entrevista com a DJ e produtora carioca Nana Torres
março 29, 2016portalundergroundbrasil@gmail.com
Entrevistamos Nana Torres, uma das figuras centrais da efervescente cena carioca. Em 2013, ela foi eleita a DJ Revelação pela premiação da Rio Music Conference e vem construindo uma sólida carreira como uma das mais importantes representantes femininas da cena nacional, acumulando apresentações marcantes na Alemanha, Espanha, Irlanda, Portugal, França e além.
É residente do Rio Me (RJ), Brotherhood (RJ) e da Discotech (SP), vinculada à label Discotech Music, da qual ela é label manager e diretora artística.
No dia 17 de abril de 2016, Nana Torres desembarca em Porto Alegre e vem ser a headliner da festa Sentando a Lenha, uma label que conquista cada vez mais adeptos, sempre evoluindo e expandindo os seus horizontes! (evento no Facebook)
De que forma a música esteve presente na sua vida, desde antes você querer ser DJ?
Oi pessoal, muito obrigada pelo espaço. Meu pai é baterista, morávamos numa casa em Santa Teresa (RJ) onde ele tem um estúdio de música até hoje. Quando eu chegava do colégio ele estava tocando e eu ficava assistindo encantada. Cresci ouvindo muita música brasileira instrumental de improviso, como os trios da bossa nova e principalmente muito jazz .
O que te levou a querer ser DJ?
Na verdade eu costumo brincar que foi coisa do destino, eu gosto e frequento festas de música eletrônica há muitos anos, desde muito nova.
Em 2009 o Fosfobox, Club underground de música eletrônica ia inaugurar a segunda pista, e resolveram fazer um projeto com pessoas do público que tinham bom gosto musical. A proposta era tocar o que curtia sem ter compromisso com mixagem. Fui avisada um pouco mais de uma semana antes e lá fui eu. Como fiz ballet muitos anos tenho a contagem do compasso na cabeça, toquei usando a técnica de corte e o pessoal curtiu. No mês seguinte, me convidaram novamente e depois novamente, e foi aí que resolvi que se era para fazer teria que fazer direito, me internei por dias, semanas em casa treinando, e foi aí que me apaixonei. Em pouco tempo tocava quase todo final de semana e as coisas foram acontecendo , acontecendo e aqui estou!
Quais são as suas principais influências ou referências na hora de produzir?
Na hora de produzir uso algumas tracks que gosto de tocar como referência, tenho percebido que tenho curtido fazer sons profundos e hipnotizantes.
Quais são os estilos musicais predominantes nos seus sets?
Meus sets passeiam entre Techno, House e Deep, com influências de Jazz e Funky.
Que estilo de música você prefere ouvir quando não está trabalhando?
Ultimamente, desde que me mudei do Rio de Janeiro para Americana no interior de São Paulo, tenho escutado bastante bossa nova, me faz me lembrar e me sentir em casa.
Em 2013 você ganhou o prêmio de DJ revelação no RMC. Que impacto essa conquista teve na sua carreira?
Além de credibilidade e boas contratações, acho que o impacto mais importante foi comigo mesma, saber que estou no caminho certo.
Sempre cuidei sozinha da minha carreira e acabo de entrar para a Hypno, eles me dão um suporte muito legal, isso está me possibilitando focar na produção e no studio.
Estou produzindo um clip em parceria com o VJ Ortega para uma das tracks favoritas que produzi a "Iron Coat".
No começo do segundo semestre vou fazer minha segunda tour na Europa, estou bem animada para respirar novos ares, ouvir referências diferentes, tocar fora da zona de conforto.
A Discotech está de vento em poupa. Abrimos esse ano com uma edição linda no interior de São Paulo, ainda teremos alguns showcases e pelo menos mais duas edições grandes, inclusive uma fora do Brasil.
O label está para lançar um VA no fim de Abril e temos alguns lançamentos bem bacanas por vir.
Qual a definição de música para você?
Música é a expressão da alma, é a linguagem universal.
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