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Entrevistamos Mauricio Bertolini, que nos falou sobre seu projeto Pape, vida e carreira
setembro 09, 2016portalundergroundbrasil@gmail.com
Entrevistamos Mauricio Bertolini, que nos falou sobre seu projeto Pape, contou um pouco da sua vida e dos quase 10 anos de carreira! Confira entrevista e o set exclusivo que ele gravou para o Portal Underground:
Como foi o início de sua carreira?
Sempre fui pesquisador musical nato, me atualizada constantemente sobre artistas e novas músicas, sempre queria estar atualizado nos sons que ouvia. Nesse tempo, o Thiago Zacchi, amigo de longa data, tinha um par de CDJ e tocava em alguns eventos. Comecei a tocar com ele, logo em alguns esquentas e a coisa tomou forma, quando percebemos ja estávamos organizando algumas festas exclusivas de e-music na região. A essência nasceu nessa época, na região do Oeste de Santa Catarina, logo estávamos recebendo convites para tocar em eventos de porte e a brincadeira se tornou algo realmente profissional.
O que te levou a querer ser DJ?
Eu sempre gostei de pesquisar, artistas e tracks que me surpreendessem, é um hobby que levo desde minha infância, mas o que me levou a profissão DJ foi quando assisti uma apresentação do Deep Dish no Warung, isso foi em 2006. Foi uma noite para guardar na memória, além do alto nível musical daquela noite, um noite de techno intenso!!!
Dubfire e Sharam estavam fazendo uma noite histórica no Warung, e pelas 9 da manhã reduziram o ritmo frenético e jogaram na pista as trilhas do conceituado album George IT On (2005), como Say Hello, a alegria tomou conta da pista, foi um celebração. Desse ponto em diante a musica não saiu mais da minha vida.
Além disso a algumas amizades que fiz aquela noite ainda carrego no meu dia a dia, foi uma noite mágica em que tudo mudou, e o resultado: voltei das ferias com dedicação total!!!
Como nasceu o amor pela música?
Pelo meu pai, ele era digamos o DJ na familia, rs, viajava constantemente, comprava discos e fitas para ouvir no carro e tocar em eventos familiares. Naquela época, tinha uns antigos equipamentos de mixagens e até de edição com o MIDI disc da sony. Eu fazia seleções pessoais e tocava na garagem de casa, fechava os olhos e me imaginava tocando para um pista, acho que eu estava certo daquilo que queria bem cedo, rs.
Quais são as suas inspirações e suas influências?
Hernan Catanneo, é uma grande inspiração, vi ele pela primeira vez em 2008 na Creamfields Buenos Aires, eu nunca tinha visto tamanha admiração do público para com um DJ. O Hernan possui uma conexão que é de arrepiar, seu DJ Set possui mixagens longas e precisas, o público vibra muito com ele.
Maceo Plex, acho um dos DJs/Produtores mais completos da atualidade, ele tem o dom de levar a pista pra onde quiser, mescla elementos que transparece algo sexy e ao mesmo tempo instigante, surpreendente.
Lembro que a primeira música que ouvi dele foi “your style” encaixava perfeitamente nos meus warm ups. Toquei ela por muito tempo nos momentos certos e o resultado era sempre positivo no que eu buscava da pista.
Deep Dish é o nome por trás da minha paixão em discotecar, foram uma influência na minha trajetória musical.
O que a música significa para você?
Como DJ é o resultado da minha dedicação.
Música significa sentimento, sensações que poder tocar no coração, fazer rir ou chorar. E poder toca-la é algo realmente grandioso, ter uma leitura disso tudo junto com uma analise do tempo, do clima que está acontecendo e saber pra onde você quer levar essa energia de acordo com o que você tem na case é realmente magico.
Estando na cena há quase uma década, como você se renova como DJ?
A música está sempre em ciclos, isso é natural e o cenário tem se adaptar as novidades. As pessoas como espectadoras nem sempre veem todo esforço que se tem para se manter no mercado, mas é muito bom quando núcleos conseguem fazer aquilo que acreditam e conquistam o público de uma maneira específica. Porem, a massificação da música também é um ponto positivo por atrair mais pessoas, porém, como cultura me cobro sempre entregar diferentes pontos de vista para diferentes públicos. Temos que saber ser vanguardistas e entender diferentes ângulos, saber se aquele público esta preparado para absorver diferentes linhas de som. Não sou de impor apenas aquilo que acredito, ou somente aquilo que gosto de tocar, penso que temos que trabalhar o público para colher frutos culturais no futuro, e principalmente fazer a galera se divertir na pista. Afinal, tem um festa rolando, não é mesmo?
A grande escola do DJ é a pista.
Há quanto tempo você é residente do Amazon?
Meu maior orgulho, com certeza é o projeto Amazon Club, dei o primeiro play do club que esta comemorando 7 anos em Setembro, foi em 2008 para o Argentino Gerardo Boscarino. De lá pra o carinho, troca de energia, e principalmente o público são meus pilares. é uma relação de amor hehe
Como o clube impactou no crescimento da sua carreira?
Como DJ é a minha base de sustentação e meu laboratório de teste musicais, é la que consigo testar novas frentes sonoras e sentir a reação da pista. Posso confessar que o frio na barriga é o mesmo desde o primeiro dia, pois a galera é exigente e a pista é incrível. A energia do Amazon sempre me surpreende, pois é um club feito com muito amor e isso se reflete no público.
Como o desafio lá é sempre alto, estou sempre pronto para assumir outras missões fortes, então, para o crescimento da minha carreira é muito importante toda essa troca de experiência e influências.
Já tive a responsa de abrir a pista para Big names como Booka Shade e Sasha, mais recentemente venho fazendo os closing sets da pista.
São 7 anos de evolução, e tem muuuita coisa boa para esse ano ainda, e ano que vem! Gostaria de já dividir com vocês, mas a galera pode se preparar e esta mais que convidada! O Amazon é para vocês!
Ficamos sabendo que tem um remix para um produtor nacional de peso vindo por aí! Pode nos falar mais sobre esse lançamento?
A produção é um caminho novo que venho trilhando a uns 9 meses. Faço constantes aulas de música, e tenho focado muito do meu tempo para o estúdio. Produzir é algo que já estavam em meus planos, mas agora realmente encontrei tempo para me dedicar intensamente. Adoro desafios e quando se trata de música, é o mais alegre possivel. Resultado disso, é um convite que rolou para um remix, que sai pela Moon Records final de setembro de uma faixa do Vintage Culture em colab com os gringos Sammy W. e Alex E. Estou bem ansioso para saber o feedback do publico, realmente espero que gostem!
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