Curiosidades
Diogo Accioly
Diogo Accioly é um dos representantes do talento brasileiro no mercado internacional. Falamos com ele!
novembro 22, 2016portalundergroundbrasil@gmail.com
A relevância de Diogo Accioly para a cena é incontestável. Seus sets repletos de energia flutuam entre o house e techno com precisão e já atingiram em cheio pistas consagradas do Brasil e do mundo, como Warung, D-EDGE, watergate e Berghain. Representado pela D AGENCY, Diogo hoje é mais que um DJ e produtor, estamos falando de um artista completo, um entusiasta musical que muito contribui para o avanço da cena em nosso país, mesmo com todas as dificuldades que o mercado sul-americano apresenta.
Após passar por um 2016 de conquistas, Diogo celebra uma temporada de tour intensa pelo Brasil e também pelo velho continente. Agora, ele se prepara para a temporada de verão do hemisfério Sul, com grandes datas por vir e muitos compromissos pela frente. Em meio a sua agitada agenda, buscamos um tempinho para uma entrevista exclusiva com Accioly, que falou de forma categórica sobre importantes pontos de sua caminhada no mundo da música eletrônica. Confira abaixo:
1 - Olá, Diogo! Prazer falar com você. Conta pra gente como começou sua carreira e qual foi o momento em que você decidiu que seria realmente da música que você gostaria de viver
Então, eu sempre fui muito ligado a música, principalmente por influência do meu pai. Todos os dias ele colocava algum disco pra tocar, fosse de Bossa Nova, Beatles, samba de raiz e por ai vai. Por conviver com música no meu dia a dia desde criança, eu sabia que gostaria de trabalhar com isso, independente da área. Mas foi mesmo frequentando clubs e raves nos anos 90 que realmente coloquei na cabeça que um dia tocaria e produziria música eletrônica.
2 - Ao longo dos últimos anos a música eletrônica no Brasil passou por uma grande transformação. Como você avalia essas mudanças e como elas influenciaram seu som?
Na verdade a música quando é boa, é atemporal. Parte dessa transformação que acontece no Brasil é muito boa, se pegarmos o lado artístico. Tem muita coisa nova que vem pra agregar e muita coisa que é passageira, daí cabe a cada um absorver o que vai fazer alguma diferença. Nos meus sets eu tento tocar muita coisa antiga que ainda soa moderno e atual, tanto como nas referencias pras minhas produções.
3 - De que forma trabalhar com dois dos clubs mais importantes do mundo - D-EDGE e watergate - contribuiu para o seu amadurecimento enquanto artista e profissional?
O D-EDGE me ajudou muito no começo da minha carreira, seja pela minha residencia no club como pelo contato com outros artistas, nacionais e internacionais, nos tempos em que organizava o Moving com a Anna Biazin. Abriu portas para quem não me conhecia, conhecer meu som e meu trabalho. Já o Watergate é um club que mesmo antes de tocar lá, já admirava e considerava um dos melhores clubs pra música eletrônica no mundo. Com o tempo e algumas gigs depois, criei uma amizade muito forte com todo o staff. Hoje, D-EDGE e Watergate fazem parte de uma grande família da qual tenho muita honra de fazer parte.
4 - Você já tocou no Berghain, certo? Conta pra gente como foi a experiência por lá e o que só esse icônico club de Berlim tem a oferecer ao DJ
Na verdade toquei no Panorama Bar, que é a uma das outras pistas dentro do complexo do Berghain. Toquei umas 5 ou 6 vezes e todas foram incríveis! Tive a oportunidade de fechar a noite umas 3 vezes e tocar por 13 horas non-stop. É um dos clubs mais especiais e mais divertidos que já toquei. Os frequentadores de la sabem que vão escutar boa música, independentemente de quem for tocar. E na pista, todos estão olhando pro DJ e dançando sem parar.
5 - Recentemente você entrou para o casting da D AGENCY, não é mesmo? Como surgiu essa parceria e como tem sido desenvolver esse trabalho junto a eles?
Bom, acho que até demorei um pouco pra entrar na D AGENCY [risos]. Minha relação com o club todo mundo sabe. Pelo meu estilo musical e pelo caminho que quero seguir com a minha carreira, não poderia escolher outra agencia. Renato me proporciona todo o suporte que preciso como artista e me direciona da melhor maneira possível. Stefano, que é meu booker, está sempre ligado e falamos todos os dias sobre planos futuros. A agencia é muito bem estruturada e tem sido muito legal trabalhar com eles.
6 - Além do Panorama Bar, você já tocou em diversos lugares legais da Europa. Na sua visão, o que o continente europeu tem de mais atraente?
Acho que a minha primeira tour na Europa foi em 2007. Desde então volto ano após ano para um mês e meio de tour. Na Europa, cada país tem seu diferencial, mas por todos que passei, sempre levo comigo um pouco mais de cultura. Sempre há algo novo ou algum lugar novo para descobrir.
Diogo Accioly se apresentando no Warung Beach Club |
7 - Quais são seus planos para a temporada de verão no Brasil e principalmente para 2017 como um todo?
Vai ser mais uma maratona daquelas!! De dezembro ate final do carnaval tenho pouquíssimas datas disponíveis e passo por Warung, Vibe, Club 88 entre outros. Para 2017 tenho duas tours programadas para Europa e uma para a Ásia. Alguns EPs e remixes programados também, mas ainda não posso falar os selos [risos]
8 - A cena no Rio Grande do Sul tem crescido muito nos últimos anos, com clubs e festas fazendo um ótimo trabalho. Como é seu relacionamento com o mercado gaúcho?
É uma das regiões que mais gosto de tocar! O público do Rio Grande do Sul gosta de música e de festa, então todas as vezes que toco por la são muito legais! Colours em Caxias, Beehive em Passo Fundo, Levels em Porto Alegre são só alguns exemplos de como a cena gaúcha é incrível e só tem a crescer ainda mais.
9 - Para finalizar, gostaríamos que indicasse 3 produtores que são presença constante na sua case nos últimos meses. Obrigado!
Alan Fitzpatrick, Jonas Kopp e Wehbba.
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